Atrasada, “l” é gravada as pressas e será encurtada
A
novela “Pecado Mortal” é o mais novo pesadelo da Record. Isso porque os
capítulos da produção têm sido gerados do Rio de Janeiro para São Paulo
apenas quatro horas antes da exibição, quando ficam prontos, ou seja,
eles têm sido enviados do para a capital paulista por volta das 18h,
tempo considerado muito curto. O normal, na emissora, é a geração
ocorrer no mínimo na manhã do dia da exibição. Este fato acaba
prejudicando a divulgação da novela, uma vez que falta material para
chamadas, por exemplo. Na emissora, avalia-se que é grande o risco
eventual de não haver capítulo para exibir.
Com
a audiência em baixa, “Pecado Mortal” também será encurtada. A trama
que inicialmente era prevista para ir até junho, deverá terminar já em
abril. A novela tem alcançado apenas 5 pontos nas últimas semanas,
amargando o terceiro lugar na Grande São Paulo.
O
autor do folhetim, Carlos Lombardi minimiza os problemas. Ele admite
que a “frente [de capítulos] está apertada”, mas diz que tem sido assim
desde o início e que ninguém até hoje ficou sem gravar por falta de
texto. “A frente está apertada, mas não é nada desesperador”, atenua.
“Estamos dando uma corrida para fazer frente”, diz.
Diversos
fatores contribuíram para que esse atraso acontecesse. Lombardi teve
problemas com sua equipe de colaboradores. Emílio Boechat, que era seu
assistente, teve que se afastar para fazer uma cirurgia na coluna.
Margareth Boury não deu certo. Na semana passada, ele ganhou o apoio de
Renê Belmonte. Mas a protagonista Paloma Duarte teve que se afastar,
também por questões de saúde.
Outro
fator que atrasa “Pecado Mortal” é a captação com as câmeras Arri
Alexa. Como a imagem da Alexa é muito robusta, não é possível cortar as
imagens em uma mesa durante a captação, acelerando a edição. A
finalização é feita a partir de quatro fitas na ilha de edição.
Novela encurtada
Carlos
Lombardi também nega que a novela será encurtada. Ele diz que sempre
trabalhou com uma previsão de 150 capítulos, podendo chegar a 160, o que
deve encerrar “Pecado Mortal” em meados de abril.
Na
verdade, havia uma toda uma expectativa na Record de que “Pecado
Mortal” seria o ressurgimento da teledramaturgia da emissora, algo que
não aconteceu. Apesar dos elogios da crítica, a produção não emplacou no
Ibope. Se tivesse feito sucesso, “Pecado Mortal” iria até agosto.
Agora,
a Record aposta todas as suas fichas na novela “Vitória”, substituta
de “Pecado Mortal” e que é da autora Cristiane Fridman, um dos nomes
mais fortes do grupo de autores da emissora, e que vem de dois sucessos
“Chamas da Vida” (2008/2009) e “Vidas em Jogo” (2011/2012).
Com informações do jornalista Daniel Castro.
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